segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Desapego

Recebi hoje  de uma amiga um texto sobre desapego. Que tal coisa não existe em relacionamentos. Que quem inventou isso é um filho da puta solitário. Enfim, que DESAPEGO É O CARALHO.

Pois eu sei que até hoje o apego não me trouxe absolutamente nada de bom. Embora me pareça uma luta diária não me apegar às pessoas, não consigo achar normal sofrer por outro ser humano a ponto de meus pensamentos serem completamente monotemáticos.

"Ninguém é dono de ninguém, maaaaaas..." Mas o quê? Nada que venha depois do "mas" é capaz de justificar coisas como desconfiança, ciúmes, obsessão etc.

De fato, não se apegar é difícil para um caralho! Mas o mais bizarro, o mais escroto é que o apego é tão, mas tão ruim, que passamos a jogar a responsabilidade da nossa própria felicidade no outro. BUUUUUM! A desgraça está completa. 

E quando acaba, surge uma dor que parece não passar, como se, de fato, tivéssemos perdido algo do qual éramos donos. 

Até que um dia, sem tomarmos a 
menor consciência do que fizemos, a dor passa. E então retomamos as nossas vidas e repetimos este mesmo erro de novo e de novo.  E continuamos confundindo apego com amor.


Só o que me interessa

O que, de fato, me interessa? Pessoas, esporte, cinema, livros, música, viagens Nada extraordinário, nada diferente do que qualquer outro ser humano da minha idade (tenho 30, aliás). Nada específico. Não tenho um hobby. Não tenho algo pelo qual sou extremamente apaixonada. Vejo as pessoas sendo perguntadas sobre o que realmente elas gostam de fazer nas horas vagas e vejo respostas objetivas, com aquele brilho no olhar: desenhar, atirar, maquiagem, velejar, colecionar... Sei lá. Eu não tenho nada disso. Nada. Do mesmo jeito que posso sair para ver um filme, posso ficar em casa e, simplesmente, dormir. Taí. Dormir me dá um prazer da porra. Mas tecnicamente não pode ser considerado um hobby. Porque não fazer nada não é porra nenhuma, certo? Então fui pensando e descobri que gosto mesmo é de falar e escrever sobre o que eu vejo ao meu redor. Qualquer coisa. Diversos assuntos, os mais banais ou os mais polêmicos. As coisas me encantam. A reação das pessoas a estas coisas mais ainda. Por isso decidi começar, mais uma vez um blog. Vamos ver se essa minha empolgação irá perdurar.